Chevrolet Camaro







Se este Camaro Convertible não te acelera o coração deves consultar um oftalmologista ou um cardiologista porque com certeza tens um problema”. Os americanos têm uma certa tendência para empolar as situações mas, neste caso, Ed Peper , director-geral da Chevrolet, tem razão: o Camaro Convertible Concept era o carro mais bonito do Salão de Detroit e promete deixar meio mundo “a babar-se” quando for lançado no final de 2009. E dizemos “meio mundo” porque, infelizmente, a Chevrolet prevê uma produção muito limitada, uma espécie de jóia de colecção, que não estará à venda fora dos Estados Unidos da América.Se há carros capazes de se constituir como um ícone de um País, o melhor exemplo é o Chevrolet Camaro, que marcou várias gerações e está intimamente ligado a algumas das figuras mais emblemáticas do cinema e da música americana. O surgimento há um ano do Camaro Concept foi, por isso, um acontecimento aplaudido pela forma brilhante como foi capaz de transportar para os tempos modernos o código genético dos Camaro dos anos 60, preservando a pose majestosa e os interiores despojados, mas introduzindo-lhe a tecnologia e a sofisticação de que os carros actuais não prescindem.Logo aí foram muitos os que puxaram pelo livro de cheques e, mesmo à distância de três anos (o lançamento está previsto para o início de 2009), começaram a imaginar um novo “coast to coast”, acreditando que era possível um regresso bem sucedido aos “lugares onde já foram felizes”.
A maior parte não esperaria, porém, que, apenas um ano depois, a Chevrolet propusesse algo ainda mais emocionante: uma versão aberta do Camaro, cuja pintura em “laranja-perlescente”, ou as duas faixas pretas no volumoso capot, são meros detalhes de circunstância numa carroçaria que evoca força, poder, personalidade e?memórias. Se formos capazes de pôr de lado as emoções diremos, tão só, que hoje não se fazem carros assim. Se acreditarmos que a Arte também pode surgir sob a forma de um automóvel então poderemos ficar horas a contemplar cada um dos 4730 milímetros deste Camaro Convertible que, sinal dos tempos, recorre a uma clássica capota em lona que, de forma automática, recolhe para um compartimento na bagageira.E por falar em soluções clássicas, para além das opções estilísticas – como a frente esguia ou os flancos bem marcados – o Camaro do Século XXI mantém-se fiel ao motor V8 e à tracção traseira e, consciente de que o prazer de condução foi sempre um elemento essencial, aposta agora numa estrutura muito rígida e numa sofisticada suspensão de quatro braços. Mas sobre isso falaremos um dia.

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